2012/02/28

Pensamento do dia #9

Pela facilidade com que se transforma no seu próprio oposto, o amor é o mais insólito e perigoso dos sentimentos.

2012/02/07

Esteja o orador à altura do discurso

«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos portugueses para serem "mais exigentes", "menos complacentes" e "menos piegas" porque só assim será possível ganhar credibilidade e criar condições para superar a crise.
"Temos de ser ambiciosos e exigentes com o ensino, com a investigação e o saber, com as empresas", afirmou Passos Coelho durante uma intervenção na cerimónia do 40.º aniversário das escolas do grupo Pedago, que tem sede em Odivelas, e em cujo Instituto de Ciências Educativas deu aulas.
Para Passos Coelho, "hoje, mais do que nunca", é preciso "enfatizar a relevância" de os portugueses serem "totalmente exigentes e nada complacentes com a facilidade", apelando à "transformação de velhas estruturas e velhos comportamentos muito preguiçosos ou, às vezes, demasiado autocentrados", por outros "descomplexados, mais abertos, mais competitivos".

 

"Lamentar-se com as medidas, com os feriados, com o Carnaval"

A este propósito, deu como exemplo da "diferença" entre uma atitude ambiciosa e exigente e outra "agarrada ao passado" o debate em torno da tolerância de ponto no Carnaval, considerando que há quem prefira continuar a "lamentar-se com as medidas, com os feriados, com o Carnaval" em vez de lançar "mãos à obra".
Passos Coelho lembrou que o país vive uma situação de "emergência nacional" e como foi "caricato" aquilo que aconteceu no ano passado, quando a troika estava em Portugal para negociar a assistência financeira: "Quem emprestava dinheiro trabalhava enquanto o país aproveitava os feriados e as pontes".
É essa "primeira imagem negativa" que o primeiro-ministro diz tentar afastar diariamente.
"Se queremos que nos olhem com respeito temos de nos olhar com respeito", insistiu, criticando ainda discursos que consideram que há "demasiada austeridade", que as medidas adotadas para corrigir os défices do país são "muito difíceis" e, portanto, é melhor "andar para trás" e voltar "a gastar o dinheiro" que o país não tem, até porque "o FMI e a UE hão de emprestar mais dinheiro, que remédio", já que Portugal faz parte da zona euro.

 

"Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender"

"Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender", ilustrou, considerando que só com "persistência", "exigência" e "intransigência" o país terá "credibilidade".
O primeiro-ministro considerou ainda que esta atitude de exigência deve começar na escola mas estender-se a todos os níveis da sociedade e deu como exemplo as empresas.

 

"Agora se se arranjam sempre desculpas e explicações para os maus resultados..."

Para Passos Coelho, não se deve consumir "o que é português só porque é português": "Temos de incutir em quem produz exigência e qualidade. Sabemos produzir com qualidade e devemos premiar aqueles que o fazem", afirmou.
O primeiro-ministro pegou ainda no exemplo da escola e do ensino para defender que "se criou a falácia" de que as grandes reformas levam anos a produzir efeitos.
"Não é verdade. Em cada aula que se dá, tudo pode mudar. As pessoas ajustam-se rapidamente à mudança. Mas tem de haver uma mudança. Agora se se arranjam sempre desculpas e explicações para os maus resultados...", afirmou.
"Os agentes ajustam-se muito rapidamente e antecipam os resultados quando há credibilidade", acrescentou.»

[Pedro Passos Coelho in expresso]

2012/02/04

Do desconforto que o acordo ortográfico não me causa


A imagem (acima) é da versão dos famosos contos árabes, que li nos anos oitenta do século passado. Cem anos decorridos desde a edição de 1881 e várias alterações às concepções linguísticas não foram, todavia, suficientes para me toldar o discernimento entre o cânone que um estado de direito produz - como o é o acordo ortográfico cuja aplicação se debate - e qualquer convicção pessoal. A democracia é linda e - até ver -conserva a minha preferência. Este blogue já escreve em conformidade.

2012/02/02

Separadas à nascença


«O Museu do Prado, em Madrid, anunciou esta quarta-feira a descoberta de uma cópia do famoso quadro de Leonardo da Vinci, “Mona Lisa”, que terá sido pintado na mesma altura que o original por um dos pupilos preferidos do pintor, Andrea Salai (amante de Leonardo) ou Francesco Melzi. Esta é a cópia mais antiga de sempre da obra de arte.»

[publico.pt]