«Em 1998, Osama, Ayman al-Zawahiri e outros companheiros das grutas afegãs fundaram, na cidade paquistanesa de Peshawar, a rede terrorista Al-Qaeda. Os primeiros ataques contra interesses dos EUA foram na Somália e em Nova Iorque, em 1993. Seguiram-se outros na Arábia Saudita, em 1995, na Tanzânia e no Quénia, em 1998, e no Iémen, em 2000. Em 11 de Setembro de 2001, a Al-Qaeda cometeu o que foi, até agora, a sua acção, mais bárbara. Quase 3000 pessoas de uns 90 países foram mortas, quando 19 pilotos suicidas – quinze deles sauditas – atacaram Nova Iorque (destruindo as Torres Gémeas) e Washington, fazendo explodir quatro aviões comerciais que haviam desviado. Ironia histórica, Mohammed bin Laden [pai de Osama bin Laden] foi o primeiro a ter um avião particular na Arábia Saudita, e morreu quando o seu aparelho, pilotado por um americano, se despenhou numa arrojada descolagem. O acontecimento que nos EUA ficou conhecido como “11/9” nada teve a ver com aquele acidente, em 1967. O 11 de Setembro expôs o fracasso de Osama (um dos poucos filhos de Mohammed que não aprendeu a voar) na luta que a sua família – “99,999999 por cento de variante não maléfica, segundo um analista da CIA, e ainda hoje um dos maiores conglomerados na Arábia Saudita –, continua a travar para conciliar tradição, religião e modernidade, num mundo vertiginoso e sem fronteiras.»
[Margarida Santos Lopes in publico.pt]
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